Da tristeza em ver que as questões culturais de Feira de Santana, que não avançam e não são levadas a sério. O governo não atentou que a Cultura não é só diversão, mas, também o meio social mais fácil de manter os jovens fora da zona de vulnerabilidade social, além de ser fonte de renda para famílias.
A cultura de Feira está esquecida no tempo, entregue a sorte. O descaso pode ser visto com o total abandono do Teatro Municipal Margarida Ribeiro, localizado na rua Frei Hermenegildo, bairro Capuchinhos.
O Teatro Municipal que já fora palco de grandes peças e espetáculos, hoje serve apenas de abrigos de pássaros e ninhos para ratos e toda especies de insetos. Completamente cobertos por matos, o luminoso, que antes indicava o Teatro, só sobrou o esqueleto de de aço, dependurado sobre um poste.
O Teatro Municipal Margarida Ribeiro foi aberto em novembro de 1982, com concerto da Orquestra Sinfônica da Bahia, depois de intervenção do então prefeito José Raimundo de Azevêdo, que transformou o auditório do Colégio Monteiro Lobato no Teatro Municipal Margarida Ribeiro a pedido da classe artística. Ficou fechado de 1997 a 2007 para espetáculos, sendo utilizado apenas para ensaios e oficinas até 2003. Foi reestruturado e reinaugurado no dia 25 de setembro de 2008. A data lembra o aniversário do jornalista Egberto Tavares Costa, que nomina a Fundação Cultural Municipal.
Margarida Ribeiro foi atriz e ativista política em Feira de Santana, tendo participado do célebre XXX Congresso da UNE, realizado clandestinamente num sitio, em Ibiúna, em São Paulo, quando acabou sendo presa por policiais do Dops. Atuou em várias peças encenadas nos anos 60 em Feira de Santana, incluindo “O Boi e o Burro a Caminho de Belém”, “Joãozinho e Maria” e “Pinóquio”. Estudava na Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia, UFBA, quando faleceu tragicamente em acidente automobilístico, em 5 de maio de 1975 Hoje tem seu nome entregue a baratas em em Feira de Santana.
Fonte: www.rotadainformacao.com.br
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