Ivone participa da manifestação pela saúde em Feira de Santana

Aconteceu nesta quarta-feira (02), em Feira de Santana, uma movimentação pacifica e ordeira em prol da saúde no município. Homens, mulheres e crianças se reuniram e marcharam pelas ruas da cidade. A concentração foi em frente ao Terminal de Transbordo Central rumo ao Centro, passando pela Prefeitura e finalizando na Câmara Municipal.
 Na pauta: reivindicação por melhoramento do sistema de saúde da cidade. Segundo um dos organizadores do movimento, Álvaro Rios, o povo está cansado de perder seus entes queridos nas portas dos hospitais e policlínicas por falta de atendimento médico, sobre alegação de falta de vaga.
Com problema no joelho direito, mesmo sentindo dor, a senhora Ivone Muuhlemann participou ativamente da marcha. “Não me incomoda a dor que estou sentindo neste momento mesmo contrariando as ordens médicas, para ficar de repouso. O que me incomoda mesmo é a dor das pessoas ao ver seus filhos, mães e pais morem em uma porta do hospital. Isso me dói mais que o meu joelho”, disse Ivone salientando que já é segunda vez que fez a cirurgia.
Ela disse que não pode cruzar os braços diante dessa situação e afirmou que estará ao lado do povo que sofre em Feira de Santana. Segundo Muuhlemann, assim que leu uma nota informando que haveria o movimento, ela logo se mobilizou com os amigos e foi para a “luta”. “Agradeço ao Álvaro Rios, pela visão de defender o povo contra o abuso dos governos”, desabafou.
Álvaro prometeu novas manifestações. “Essa caminhada é o inicio. Seremos ouvidos. A população irá participar, porque não podemos nos calar diante dessa situação. Nosso povo está morrendo e não há atendimento de emergência numa cidade com mais de 600 mil habitantes”, exclamou.
Segundo ele, um único exame é marcado para três meses e a depender do caso, as pessoas não conseguem se quer fazer o exame e acabam morrendo. “Chega, basta! Não queremos mais isso. Prefeito, se o senhor está abrindo postos de saúde e as pessoas não estão tendo acesso a emergência e exames, então está indo no caminho errado”. “A população está humilhada, pois, só tem deveres e não estão tendo o direito se quer a vida”, disse Álvaro enfatizando que é necessário dialogar com Governo do Estado para traçar um plano de resgate da cidadania.
 Os organizadores vão se reunir para avaliar o movimento e marcar outra dada para nova caminhada em prol da saúde do município.